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  • Dr. Rodrigo Pirmez

Foliculite Dissecante do couro cabeludo

A foliculite dissecante (conhecida também como foliculite abscedante ou pelo seu nome em latim perifolliculitis capitis abscedens et suffodiens) afeta predominantemente homens jovens, segundo estudo multicêntrico envolvendo quase 3000 pacientes de 4 continentes e que contou com a participação do Dr. Rodrigo Pirmez.




No entanto, a doença pode ser considerara incomum. No estudo mencionado, apenas cerca de 1% dos pacientes consultados em centros de referência em doenças dos cabelos e couro cabeludo foram diagnosticados com a enfermidade.




Quais são os sintomas? O que o paciente irá notar?


A foliculite dissecante (FD) é caracterizada pelo surgimento de pequenas espinhas que evoluem para nódulos inflamatórios e dolorosos no couro cabeludo. Pode haver saída de secreção purulenta ou mesmo com um pouco de sangue. Na região acometida por haver perda dos cabelos (alopecia). Com o tempo, se não tratada, as lesões evoluem com cicatrizes de depois tipos: atróficas e queloidianas.


Foliculite

Foto de British Journal of Dermatogy: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/bjd.15825


Existe tratamento?


Sim. Um dos principais tratamentos é a isotretinoína oral, a mesma medicação utilizada para casos graves de acne. No entanto, o esquema terapêutico (doses e tempo de tratamento) é diferente. Importante lembrar: esta medicação só pode ser comprada com receituário especial e necessita de exames laboratoriais frequentes, ou seja, o acompanhamento com o médico dermatologista é obrigatório. Outras medicações e tratamentos como antibióticos, corticoides injetáveis ou orais, laser, cirurgia, etc podem ser necessários. Seu dermatologista irá prescrever a melhor combinação para o seu caso.




O que mais eu posso ter?


A FD normalmente ocorre de forma isolada. No entanto, raramente, ela pode estar associada a outras condições formando a conhecida “Tétrade de Oclusão Folicular”. Fazem parte da tétrade, além da FD: acne conglobata (quadro grave de espinhas), hidradenite supurativa e cisto pilonidal. Durante a consulta, seu dermatologista irá conversar com você e examiná-lo para verificar se estas outras condições também estão presentes.




A importância do diagnóstico correto


Outras doenças podem ter quadro clínico muito parecido à FD. Um exemplo é Tinea Capitis, infecção fúngica do couro cabeludo. O tratamento das duas condições é completamente distinto e o médico dermatologista é o melhor profissional para realizar este diagnóstico e instituir a terapia adequada para cada caso.


O tratamento precoce e correto da FD pode levar à remissão completa do quadro clínico e recuperação dos fios de cabelo perdidos. Em casos avançados, já com formação de cicatrizes, a abordagem cirúrgica permite melhora estética.


Referências:


Dr. Rodrigo Pirmez
CRM 5289677-2 | RQE 21413
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